DEVANEIOS DO PENSAMENTO II

 


Entrei em colapso

Não vou pensar mais nisso

Estava em silêncio

Vi a noite incrivelmente linda

A música tocou

Senti o som e comecei a correr

Entrei na Máquina Do Tempo de H.G Wills

Cai nas regras do mundo

De suas coisas convencionais e absurdas

Misteriosas, deformadas e apaixonadas

De seu Labirinto de alusões mitológicas

De suas misturas do cotidiano com doses do sobrenatural

 E seus indícios de morte, paixão e tristeza

Nas aventuras de uma lenda celta

E até em uma nuvem mágica no remoto fundo da alma

Na loucura das Vinte Mil Léguas Submarinas de Júlio Verne

De um destino interminável e sem esperança na tumba do Faraó

Mas existe o movimento de repulsa

Com hábil luta e fé a superar a sentinela que rodeia

É preciso desterrar o mundo antagônico

Perspicaz e mordaz de Nietzsche

E sair do Elogio da Loucura de Erasmo de Roterdã

Talvez numa displicência ordenada

Que relute contra uma explicação de sacristia

Ou não aceite a impressão de que a existência é sinistra

E cuja resposta pode ser encontrada num rascunho de poesia

Com escritos tementes abraçados em uma irresponsabilidade protetora

Saindo de uma afável e equânime indiferença a emoção

Recobrando uma consciência imponderável

De amor a vida!

PENSAE!


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