Uma poesia da peça Choque-Rosa ou com que armas lutamos?


Peça?

Fui lá e assisti, vi, refleti, aprendi

Percebi, entendi, compreendi

Sim! 

Para além do espetáculo teatral, a expressão de uma realidade nada legal!

Feminicídio no Brasil está a solta, é banal!

Mulheres oprimidas, faz parte da nossa história geral, global!

Os livros precisam contar mais sobre isso! Capítulo à parte, crucial!

Da família, da Propriedade, do Estado, papel social da mulher, violentado, amassado, ignorado!

E no mundo multifacetado, ainda tem muito machismo apreciado!

Vai mulher lavar a casa, passar a roupa, me sirva, submeta-se, sou o tal homem superior, tua identidade é inferior à minha, guarda-te, vista roupas decentes, cala a boca!

Peraí! Opa! Sou presente, sou luta, sou superação, sou mulher feminina ou não, vou pro campo, encaro a batalha, me posiciono, sou um choque contra seu preconceito, quero respeito! 

A pia, a louça, é minha, é sua, é de quem quiser, não há autodeterminação, encara ou chora machão!

As ações não são mais em função de uma hierarquia da divisão sexual ou do trabalho, se liga!

Não há definições a priori, agora é o que vem a posteriori!

Não se trata de amoralismo, mas de uma nova moral, sem coercitividade, mas, que busque o bem da diversidade da humanidade, até na sua sexualidade!

A individualidade é especial, não é tirana, nem de ocasião, é de coração, sincera definição.

LGBTQQICAAPF2K+, tá ligado!

Cadê Maria? 

Importa?

Foi ser o que ela quiser ser! 

Então, viva tua existência, sem escrúpulos imobilistas, sem exigências de moral privada. 

Observa, absorva, dá um sorriso e atente-se a realidade distorcida

Tem genocídio em sangue rosa, sem prosa, na pólvora

Tem que tratar essa questão

Sem vacilação

Para além dos palcos da encenação...

PENSAE!

* CHOQUE-ROSA OU COM QUE ARMAS LUTAMOS? PEÇA TEATRAL SOBRE EDUCAÇÃO FEMINISTA ASSISTIDA NO SESC SANTO ANDRÉ.