ABORDAGENS TECNOLÓGICAS E APRENDIZAGEM NO ESPAÇO ESCOLAR
O envolvimento
mais eficaz é aquele que se dá no entorno de sua própria localidade,
considerando seu local de nascimento, a articulação com os indivíduos de seu
conhecimento, provenientes de seu convívio rotineiro, além das instituições que
estão presentes em seu cotidiano.
Outros aspectos
significativos que podem ser mais estudados a esse respeito se referem a importância
de uma política de educação alinhada com a realidade de cada localidade, onde, inclusive,
antes de mapear, projetar e construir uma determinada unidade escolar, os
sujeitos fossem convocados a participar e se envolver diretamente no projeto.
Isto coloca a
educação na ponta das atenções e, na medida em que as tecnologias de informação
e comunicação são uma explosão de formas de transmissão de conhecimentos e
informações diversas, a conexão passa a
ser cada vez menos de uma educação de um sistema tradicional para o espectro amplo
de uma educação gerenciada em sistemas de conhecimento.
O acelerado
desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação e consequentemente
a maior influência dos meios de comunicação sobre a vida social tem impactado a
própria educação formal, no sentido de colocar novos desafios em face da
disponibilização de novas ferramentas de ensino.
Para Moran
(2006, p. 36),
“A educação
escolar precisa compreender e incorporar mais as novas linguagens, desvendar os
seus códigos, dominar as possibilidades de expressão e as possíveis manipulações”.
De forma que sem
ter que cair no “conto da sereia” das possibilidades cibernéticas, do
mundo da web, do ponto.com - faz se necessário um olhar desconfiante de tudo
que a mídia digital tem-nos a oferecer, sem generalizar para o bom ou mau, mas,
ponderar, até que ponto são boas intenções governamentais ou meros oportunismos
ideológicos.
Neste sentido, a
inserção cada vem mais intensa do uso de plataformas digitais no ensino pode
estar definindo uma posição para a efetivação deste objetivo, que pretende,
talvez, de maneira não tão democrática, fazer com que educandos e educadores
estejam envolvidos neste rol de políticas públicas educacionais voltadas quase
que exclusivamente as perspectivas da tecnificação do ensino.
O processo de
tecnificação do ensino deveria garantir caminhos para uma nova ordem social,
com proposta que implicasse em gerar novos conhecimentos necessários a uma
plena vida cidadã, tornado a vida escolar mais integrada a verdadeira
engenharia social.
Reforço que uma
aprendizagem significativa tem que estar para além da acumulação de fatos, a
discussão não pode estar presa ao uso ou não de novas tecnologias de informação
e conhecimento, mas, seja com internet , com notebook ou celular na mão , a
questão é saber, em que contexto , esse conhecimento está sendo construído,
saber-se, esta aprendizagem está
provocando uma modificação, tanto no comportamento, quanto nas atitudes e
personalidade do indivíduo, se ela se limita a um aumento de conhecimentos ou se
de fato transcende sua existência e ressignifica seu mundo, seu modo de ser, pensar e agir em
direção a uma integração de saberes que
contribuam com o viés coletivo de uma sociedade multifacetada e de inúmeras mazelas sociais.
Na relação
professor e estudantes deve-se considerar as possibilidades efetivas de
aprendizagem relacionas as abordagens tecnológicas na educação, para que de fato,
se produza, uma educação diferenciada para a nova geração.
Programas,
currículos, atividades e recursos pedagógicos, mediados ou não por instrumentos
informatizados devem servir a objetivos mais amplos que garantam ao estudante
um ensino que faz sentido, isto tudo porque, para além do paradoxo do que e
como ensinar, não se pode esquecer, da humanização no processo do fazer ler e
escrever e muito mais que isso.
Explicar para os
estudantes a verdadeira proposta educacional, é uma atitude de dignidade e
respeito, sendo uma necessária expressão de cidadania.