E a ironia...
E a ironia é a pandemia
De um mundo que já falsamente sorria
Na tempestade sombria da agonia
Do seu dia-a-dia.
E a tragédia seguia
Assim engatilhada
Na falseada consciência de todos
Em que trevas se disfarçavam de resplandecida luz
E dúvidas pairavam sobre se alguma coisa boa ainda reluz!
E nesse mundo assim em que se pensa que começou o fim
Todos nós com a face descoberta
Queremos brigar com o Eterno
Desejamos que o vento nos leve para um outro lugar
Já é hora dos vasos de barro quebrar.
Mas os tempos são vorazes
Em que genocidas nos guardam da paz
Com forjados discursos e poder de fogo
E muito dinheiro desviado a guardar em seus bolsos.
A cartilha continua a ser guilhotina
Espalhadas nos navios mercantes do mundo
Fazendo barulho diante de indivíduos mudos
Então, não há tranquilidade
E nem pode haver nesse espectro institucional de brutalidade!
Está no repúdio
De não mais aguentar, tolerar
Toda essa decadência moral e social
Você ainda acredita no Brasil?
Das muitas mortes mil se é que viu, sentiu!
Banalizou geral
Um mural imundo de apavorar
O que falta para despertar?
Conhecimento literário?
Consciência sócio-política?
Elementos tais que não se acham no armário
Nem com um bom bibliotecário
Procure outro inventário!