Sobre o que eu pensar
Que és este mundo
A tanto apavorar
Difícil encarar.
Pois este lugar inunda
De mazelas e assombros impetuosos
A malfadada estupidez humana.
Multiplica-se no e com o tempo
Insanidade e incivilidade
Firmes e presentes em toda cidade.
Indiferença e maledicência
Com autoridades e muita veemência
Ah sim Vossa Excelência!
E com o povo no esgoto
Sem instrução e sem noção
Eita que cresce a fábrica da alienação.
Na pandemia ou na esquina
Vidas em chacina
Se isso está a durar
É de enfurecer
O meu entristecer.
Pois cada vez mais distante
Parece estar a aurora
De um renovado olhar
Para mais amor espalhar e praticar!
Porque sabes que ódio e desamor
São minas de sangue em cápsulas de horror
Então faça-me o favor!
Não falhe
Pois muito mais me vale
Ter uma nova força
Que me provoque a superar
E me faça melhorar.
E sem taças vazias
Me leve a esperançar
Uma nova mentalidade
Em uma nova espiritualidade
De uma verdade humanidade!
Novas eras não começam de uma vez
Talvez nem apresentem a desejada fluidez
Mas, pera aí né
Um dia de cada vez
Eu necessito solidez!
Loucura, loucura, loucura
Vida dura que perdura
Prossigo então sem muita ternura
Já que não tenho a pretensão
De antes do determinado
Pular dessa Terra Planeta
Do caos abandonado!