É sempre bom lembrar que a sabedoria, o entendimento, a sensatez, o conhecimento são ferramentas sóbrias quando adquiridas e bem utilizadas no desenrolar de nossa existência. Juntar isso é como acumular tesouros!
E tudo isso vem somar nesse tão espantoso momento em que a humanidade a mais de um ano conflita sob o espectro da pandemia em suas diferentes e tenebrosas ondas que matam mais e mais.
O colapso está dado e a forma incompetente de atuação de muitos governos só convergem para o aumento das mortes. Além de uma imensa massa que não carrega consigo a necessária consciência.
Entre cultos e incultos, pobres ou ricos, governantes e governados, temos casos evidentes de descompromisso com a vida – a vida que como nunca, agora também é inevitavelmente o outro.
Em ódio e guerra, vivemos a destruição do planeta e a desumanização das relações em ritmo acelerado com derramamento de “sangue cibernético”.
Já não é suficiente o vermelho da carne escorrendo - quanto mais sangramento melhor; por veias e ou artérias e até por cabos conectados à internet, a morte ronda incansável nas ruas e nos sites.
Evidenciam-se e exaltam-se as almas vagas de sentido, que desta feita, atestam com solidez nossa falta de sensatez! Falta-nos sobriedade!
E bem diferente do mundo virtual, no mundo real as dores são fortemente sentidas em cada vida partida, celebrada ou não, contabilizada ou não nas estatísticas institucionais dos casos ditos registrados.
Até parece que se pode numerar, codificar matematicamente uma vida, assim, com essa frieza contábil.
Esperamos uma intenção divina?
Bem, é inegável que o tempo agora é de incertezas, até porque, em uma sociedade onde a lógica é o lucro a qualquer custo, gastos com vidas, buscas por vacinas e programas de sustentação financeira aos mais necessitados são pontos indesejáveis do manual institucional da chamada política neoliberal.
Quem anda assustado com tudo que está ocorrendo tem suas múltiplas razões não importando se sejam ou não advindas das preocupações de ordem religiosa - o ponto agora, é ter equilíbrio e não desesperançar! Importante é tentar não semear mais mal, inclusive o mal que nos sobrevêm como consequência do mal que nós mesmos semeamos contra nós.
Parece bem razoável que o vivenciar deste turbulento momento, mostra que nenhum mortal tem sozinho a visão correta de tudo e sobre o que devemos ou não fazer – interessante é, compreender que as melhores soluções vão surgir dos inúmeros diálogos, pois, nas variadas conversas encontraremos pensamentos divergentes, que poderão e devem, para o bem da coletividade, convergir para um “melhor para todos” - de verdade e sem fachada!
Então, que neste histórico tempo, por mais triste e indesejável que ele possa ser e está sendo, possamos, para além dos valores e da consciência moral de cada um, oferecer portas de saída, que nos libertem de impasses, dilemas e constrangimentos, uma vez que, a grande incógnita do presente, é um tal vírus!