TEXTO: PERIGO - A COMÉDIA DAS ELEIÇÕES E A NÃO POLÍTICA
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E as eleições voltaram! As eleições
municipais estão aí novamente. A disputa principal é para os cargos de vereador e prefeito. Mas
o ponto de reflexão aqui não é necessariamente um estudo da importância das eleições municipais, ainda que sejam relevantes no cenário nacional. O que me alerta e com repúdio é que não importa o que aconteça no
mundo (a pandemia por exemplo) a forma e a maneira dissimulada de fazer a tal
campanha política segue aqueles parâmetros esvaziados de significado e sentido
do que de fato deve ser a Política! O que se apresenta aos eleitores é um
campo de horrores com discursos reticentes de uma realidade incandescente, com
múltiplas práticas indecentes, alienadoras e banais, desde carros alegóricos,aos bandeirões segurados por várias pessoas em condição de subemprego , as carreatas com fogos de artifício; foras os inúmeros
panfletos com rostinhos dos candidatos e seus respectivos números de legenda arremessados
nas ruas, nos nossos quintais, nas caixas de correio e afins; soma-se a isso as
falas dos tais candidatos e de suas tropas ; falas que destoam de verdade, sinceridade e valores
éticos e morais; o que se percebe nessa parafernália , com um “olhar” um pouco
mais atento é a sede de poder por vaidade, status, interesse pessoal e acesso
ao dinheiro público; ou seja, o interesse principal que deve ser o da ordem das
necessidades públicas em suas mais diversas
carências e necessidades válidas, perde espaço, para uma política pautada no
interesse privado amarrado em mentiras e preso em defesas de interesse de
classe e categoria profissional, ou como comumente tem se falado, atrelado a bancada BBB (da bala, do boi e da Bíblia) onde,
esses miseráveis laços empobrecem e arruínam o campo político, distribuindo
efeitos e consequências negativas em todos os setores da sociedade.
Um conjunto de elementos sinaliza a
tempos a derrocada desse tipo de movimento, que torna-se um atentado para a democracia,
porque essas práticas instituídas, acabam por desestabilizar a política como
atividade necessária e essencial, transformando-a em algo aberrante, intransigente
e não desejado.
Em parte tudo isso se deve ao fato de
que tanto o cidadão e o político por profissão ou vocação não tiveram ou não
quiseram refletir, sobre suas reais funções e responsabilidades, fugindo aos princípios
que de fato deveriam nortear essas relações, e a consequência imediata disso, é
entre tantas coisas, a produção da corrupção, com forte desvio de verbas públicas
para lugares não legíveis ( como por exemplo, para cuecas e sutiãs de algumas figuras dessa assombrosa
política, cujas intenções não incluem o bem estar social sem amarras , mas, fundam-se naquilo
que é globalmente viável somente para eles!)
Admitamos que o grande público assiste
a tudo isso estático, sem o devido esclarecimento; então, nos assustaremos que
a real compreensão do problema está longe de ser alcançado; e na falta de
lucidez aos mais necessitados e até mesmo aos mais esclarecidos, podemos, dizer que, o círculo dos
horrores, a banalização das eleições e das campanhas eleitorais, vai continuar
a desmontar a formação social verdadeiramente democrática, uma vez que a
ingenuidade sobre as aparências nos cegará quanto a essência do que está posto,
que é uma sinistra coerção dos direitos humanos! Fique alerta! PENSAE!
E não perca o vídeo do canal PENSAE Luciano Mentros!